Análises Laboratoriais

Saiba mais sobre o tratamento de águas nas ETARs

As águas residuais de origem doméstica e industrial necessitam de ser tratadas antes de serem escoadas para as águas do mar ou rio, de forma a atingirem um nível de poluição inofensivo. Estes tratamentos são feitos em estações de tratamento de águas residuais, chamadas de ETAR.

 

O que é uma ETAR?

As estações de tratamento de águas residuais – ETAR’s – são unidades específicas de tratamento de águas que visam o processamento e purificação dos efluentes de origem doméstica ou industrial (neste caso designadas por ETARI).

Todas as águas resultantes da utilização doméstica ou industrial necessitam de passar por várias fases de tratamento antes de poderem ser novamente escoadas para os rios e mares, de forma a evitar riscos de poluição elevados. Estes tratamentos são realizados com a ajuda de técnicas avançadas de purificação e processamento.

 

Os passos de tratamento de efluentes são dados por empresas especializadas que apresentam as melhores soluções! »

 

Tratamento de Águas nas ETAR's
Tratamento de Águas nas ETAR’s

Dependendo das necessidades, o tratamento dos efluentes pode ser dividido em 5 grandes etapas.

 

Quais os tratamentos inerentes a uma ETAR?

 

São várias as fases de tratamento de águas residuais necessárias, antes destas poderem ser escoadas. As principais fases de tratamento são: o pré-tratamento, tratamento primário, tratamento secundário, tratamento terciário e tratamento das lamas. 

 

Saiba mais sobre cada etapa de tratamento de uma ETAR! »

 

1) Fase de pré-tratamento:

Dividido por três etapas: gradagem, desarenação e desengorduramento, necessários ao tratamento inicial dos efluentes.

1. Gradagem: é realizada a separação dos sólidos de maiores dimensões de forma manual ou automática;

2. Desarenação: os sólidos, areias e outros detritos inertes são decantados numa caixa de desarenação;

3. Desengorduramento: as gorduras em emulsão com o efluente são removidas nesta etapa.

As fases de pré-tratamento podem ser realizadas de forma isolada ou num sistema compacto, dependendo das necessidades específicas de cada efluente.

 

2) Tratamento primário

Também conhecido por tratamento físico-químico é a linha de tratamento mais usada em ETARI’s e consiste em várias etapas, entre as quais:

  • Regularização do pH dos efluentes – passo essencial, uma vez que as próximas etapas de tratamento de efluentes necessitam de uma escala de pH ideal;
  • Coagulação/floculação – Nesta etapa a matéria presente nos efluentes é separada mediante a densidade dos flóculos permitindo a sua decantação posterior;
  • Osmose inversa – Em determinados processos industriais onde seja necessária uma depuração mais elevada recorre-se à osmose inversa de forma a obter um efluente de qualidade superior. No processo de osmose inversa, a qualidade do efluente é maior quanto mais pequena for a porosidade das membranas usadas.

Após o tratamento primário, os efluentes seguem para o tratamento secundário.

 

3) Tratamento secundário

Também chamado de tratamento biológico, esta fase tem como objetivo reduzir a carga orgânica dos efluentes, com recurso à digestão anaeróbia e/ou aeróbia por microrganismos. Nesta fase há uma redução:

  • Da maioria dos sólidos suspensos totais (SST);
  • Da carência química de oxigénio (CQO);
  • Da carência bioquímica de oxigénio (CBO5).

É aqui que se inclui os processos de lamas ativadas, leitos percoladores, leitos de macrófitas, biodiscos, lagunagem, valas de oxidação, entre outros, que permitem efetuar o tratamento biológico das águas residuais.

Para a fase de tratamento secundário, poderá ser necessária a presença de um decantador primário que permitirá decantar as lamas primárias, um tanque aeróbio onde se dá a oxigenação dos efluentes para metabolizares a matéria orgânica pelos microrganismos e um decantador secundário de forma a que as lamas secundárias sejam recirculadas e submetidas a novo processamento.

O tratamento secundário por lamas ativadas é um dos processos com maior taxa de eficiência na remoção de CBO5’s, CQO’s e SST. É também um dos processos mais comuns no tratamento de águas residuais.

As lamas ativadas consistem no uso de uma cultura microbiológica de enriquecimento com micro e macro organismos que irão metabolizar as substâncias orgânicas e inorgânicas presentes no efluente transformando-as em produtos ambientalmente aceites.

Neste processo por lamas ativadas temos geralmente um reator biológico com a biomassa em suspensão. Graças ao uso da gravidade conseguimos uma separação física entre a fase liquida e as lamas posteriormente no decantador secundário.

Finalizado o tratamento secundário, segue-se então o tratamento terciário.

 

4) Tratamento terciário

O tratamento terciário surge como um polimento final do efluente. Inclui a remoção de excesso de fósforo ou azoto caso a descarga seja feita para um meio sensível, assim como qualquer tipo de tratamento adicional que permita um reaproveitamento do efluente. Consoante a finalidade do reaproveitamento, o próprio tratamento pode ser muito específico passando, por exemplo, por filtragem, desinfeção por UV ou até mesmo uma osmose inversa.

Os destinos finais mais comuns são:

  • O reaproveitamento para o processo industrial no caso de uma ETARI;
  • Rega;
  • Lavagens;
  • Combate a incêndios.

Estas utilizações dos efluentes no final do tratamento terciário promovem uma gestão mais eficiente dos recursos.

 

5) Tratamento das lamas

Este é um tratamento específico às lamas que provêm das várias fases de tratamento da ETAR. As lamas resultantes dos tratamentos apresentam um teor de microrganismos patogénicos elevados e que devem ser tratados de forma a transformar as lamas em substâncias inertes. Antes de serem tratadas, as lamas possuem também um teor de humidade bastante elevado (aproximadamente 70%) e, por isso, necessitam de ser desidratadas e desinfetadas de forma mecânica e/ou química.

Após esta fase de tratamento, as lamas poderão ser utilizadas de forma segura como fertilizante na agricultura ou usadas no setor dos combustíveis.

Todas estas fases de tratamento são necessárias para um bom tratamento das águas residuais para que possam ser reaproveitadas.

 

Fale connosco e informe-se mais sobre o processo de tratamento das águas residuais! »

 

Como garantir uma água livre de contaminantes

A pureza da água para consumo é essencial para usufruir dos benefícios deste bem essencial com segurança e evitar doenças provocadas pela ingestão de água contaminada.

O tratamento de águas para abastecimento compreende um conjunto de procedimentos com o objetivo de tornar a água potável e de acordo com a legislação em vigor. As eventuais retificações dependem das análises prévias à agua, pelo que podem ser necessárias correções de pH, filtragem, ou outros procedimentos destinados à purificação da água.

Águas que necessitam de tratamentos de purificação

Nem todas as águas requerem tratamentos. As águas de superfície, mais expostas a poluentes vários, requerem tratamento para reequilibrar as suas características físico-químicas e bacteriológicas.

Já a água proveniente de furos e poços, isto é, captada a profundidade, tem menor probabilidade de necessitar de tratamento. No entanto, para garantir a pureza e segurança no consumo desta água, é recomendada a realização de análises e tratamentos para corrigir alterações ou presença de impurezas e outros agentes nocivos.

 

Tipos de contaminantes presentes nas águas e suas consequências para a saúde

A ingestão de água contaminada é um problema grave de saúde pública!

Quando existe um aproveitamento de água proveniente de aquíferos – furos, poços, captações fluviais – ou de outras fontes externas à rede pública, torna-se necessário aferir a qualidade da água e realizar os tratamentos adequados.

A contaminação e poluição da água resulta em qualquer alteração físico-química ou biológica que coloca em causa a qualidade deste bem essencial à sobrevivência dos seres humanos.

O consumo desta água contaminada pode provocar doenças que resultam, sobretudo, da presença de microrganismos, provocando patologias como cólera, febre tifoide, diarreia infeciosa, entre outras doenças graves.  A salmonella, por exemplo, causa diarreia e dores de cabeça nos seres humanos.

A contaminação não ocorre apenas pela ingestão de água, pode advir da ingestão de alimentos lavados com essa água, ou nalguns casos certas doenças podem surgir pelo simples contacto com a água poluída ou contaminada.

 

Principais contaminantes da água:

  • Pesticidas;
  • Herbicidas;
  • Mercúrio;
  • Bactérias e vírus;
  • Parasitas;
  • Metais pesados;
  • Sulfuretos;
  • Cianetos;
  • Matéria orgânica.

A purificação da água é realizada nas estações de tratamento de água para abastecimento e é feita dependendo das substâncias contaminantes.

Conheça as Estações de Tratamento de Água para Abastecimento da Geonatura! »

 

Quais os contaminantes de água mais comuns?

É nas Estações de Tratamento de Água para Abastecimento (ETA”s) que são realizados os procedimentos com vista a tornar a água própria para consumo e de acordo com a legislação em vigor.

Os tipos de contaminação podem ser vários. À vista desarmada a água pode, por exemplo, apresentar cor e cheiro, o que revela um tipo de contaminação, como a presença em excesso de ferro ou manganês, contudo só as análises laboratoriais à água que se pretende utilizar podem revelar problemas e contaminações, como:

  • Alterações de pH;
  • Presença de metais pesados, tóxicos e nocivos para a saúde (arsénio, ferro, nitratos, entre outros);
  • Presença de coloides;
  • Bactérias e outros microrganismos.

Para cada um destes contaminantes, existem métodos de tratamento de purificação de água mais adequados.

 

Tratamentos disponíveis para a purificação da água consoante o problema

Filtragem

A escolha do filtro adequado depende do problema que a água apresenta, normalmente revelado nas análises laboratoriais. Existe vários tipos de filtro, tantos quanto os tipos de poluentes químicos.

  • Clarificadores e desodorizantes: indicados para remoção de cores e cheiros. Utilizado também para filtragem de químicos orgânicos e cloro livre na fase final de uma desinfeção por cloro.
  • Descalcificadores: a utilização destes filtros é importante nas águas “duras” utilizadas na indústria, uma vez que a sua acumulação provoca o desgaste prematuro dos equipamentos, como caldeiras e tubagens.
  • Desferrizadores: são utilizados para a remoção de ferro e manganês que são os contaminantes mais comuns das águas subterrâneas, juntamente com os nitratos.
  • Desnitrificadores: a presença de nitratos é muito comum em águas subterrâneas, embora mais próximas da superfície. A sua contaminação ocorre sobretudo de efluentes das explorações agrícolas. Estes filtros removem com eficácia os nitratos presentes na água contaminada.
  • Remoção de Arsénio: este metal tóxico tem efeitos sérios na saúde do homem, provocando sobretudo alterações no sistema respiratório. Os filtros para remoção de arsénio são extremamente eficazes devido à sua grande afinidade pelas resinas de óxido de ferro.

Conheça a gama de filtros para o tratamento de água! »

 

Correção de pH

O pH é utilizado para definir o grau de acidez ou alcalinidade de substâncias que são solúveis em água. Por norma, a água contém iguais proporções de iões hidróxido (OH-) e iões hidrónio (H3+). Quando qualquer substância presente na água altera esta relação, a água torna-se mais ácida (pH <7) ou mais alcalina (pH>7).

A água pura tem um ph = 7, isto é, um pH neutro.

Consumir água excessivamente alcalina ou ácida pode ser prejudicial.

Mas não é só a água para consumo que necessita de ter o pH dentro de valores próximos de sete. A água utilizada em indústrias e na agricultura, em muitos casos, também necessita de alcançar valores dentro de um intervalo recomendado para o pH.

Esta correção de pH é realizada com recurso a equipamentos autorreguláveis ou dimensionados de acordo com a relação “correção necessária/caudal”.

Conheça as nossas soluções para a correção do pH! »

 

Desinfeção de água

A desinfeção de água pode também ser conseguida através da morte de micróbios nocivos através da adição de desinfetantes na fase inicial e/ou final do processo de purificação da água, realizado nas Estações de Tratamento de Agua (ETA”s) para consumo.

  • Hipoclorito de sódio: este desinfetante é extremamente eficaz contra a maioria dos seres patogénicos, mesmo em concentrações baixas, inócuas ao ser humano. É o desinfetante mais utilizado em todo o mundo, devido à sua relação custo-benefício.
  • Dióxido de Cloro: é atualmente uma alternativa ao hipoclorito de sódio, uma vez que apresenta um potencial oxidante superior, suficiente para matar bactérias resistentes, como é o caso da legionella. O dióxido de cloro também não apresenta cheiro nem cor sendo, desta forma, uma boa opção para desinfeção de água para o consumo humano.
  • Ultravioletas: quando não se pretende a adição de químicos à água pode recorrer-se à desinfeção por ultravioletas. A incidência dos raios UV na água destrói o ADN de vários tipos de bactérias e vírus, matando-os ou impedindo que se reproduzam e contaminem a água. Este método é mais utilizado no tratamento e desinfeção de efluentes.

 

A utilização de fontes alternativas à rede pública de água é viável, no entanto, devem ser evitadas a todo o custo doenças transmissíveis pela ingestão de água poluída ou contaminada. Existem contaminantes como metais, pesticidas e herbicidas que podem estar presentes em águas superficiais, mas que também podem alcançar e contaminar águas subterrâneas.

Atualmente, existe uma ampla variedade de técnicas, produtos e métodos para a desinfeção e purificação da água.

A ingestão de água potável e limpa é essencial ao ser humano, por isso, revela-se muito importante perceber as características da água, bem como os seus contaminantes, por forma a realizar uma desinfeção eficaz, utilizando a solução mais adequada a cada caso.

Contacte-nos e conheça as várias opções de tratamento de águas! »