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Saiba mais sobre o tratamento de águas nas ETARs

As águas residuais de origem doméstica e industrial necessitam de ser tratadas antes de serem escoadas para as águas do mar ou rio, de forma a atingirem um nível de poluição inofensivo. Estes tratamentos são feitos em estações de tratamento de águas residuais, chamadas de ETAR.

 

O que é uma ETAR?

As estações de tratamento de águas residuais – ETAR’s – são unidades específicas de tratamento de águas que visam o processamento e purificação dos efluentes de origem doméstica ou industrial (neste caso designadas por ETARI).

Todas as águas resultantes da utilização doméstica ou industrial necessitam de passar por várias fases de tratamento antes de poderem ser novamente escoadas para os rios e mares, de forma a evitar riscos de poluição elevados. Estes tratamentos são realizados com a ajuda de técnicas avançadas de purificação e processamento.

 

Os passos de tratamento de efluentes são dados por empresas especializadas que apresentam as melhores soluções! »

 

Tratamento de Águas nas ETAR's
Tratamento de Águas nas ETAR’s

Dependendo das necessidades, o tratamento dos efluentes pode ser dividido em 5 grandes etapas.

 

Quais os tratamentos inerentes a uma ETAR?

 

São várias as fases de tratamento de águas residuais necessárias, antes destas poderem ser escoadas. As principais fases de tratamento são: o pré-tratamento, tratamento primário, tratamento secundário, tratamento terciário e tratamento das lamas. 

 

Saiba mais sobre cada etapa de tratamento de uma ETAR! »

 

1) Fase de pré-tratamento:

Dividido por três etapas: gradagem, desarenação e desengorduramento, necessários ao tratamento inicial dos efluentes.

1. Gradagem: é realizada a separação dos sólidos de maiores dimensões de forma manual ou automática;

2. Desarenação: os sólidos, areias e outros detritos inertes são decantados numa caixa de desarenação;

3. Desengorduramento: as gorduras em emulsão com o efluente são removidas nesta etapa.

As fases de pré-tratamento podem ser realizadas de forma isolada ou num sistema compacto, dependendo das necessidades específicas de cada efluente.

 

2) Tratamento primário

Também conhecido por tratamento físico-químico é a linha de tratamento mais usada em ETARI’s e consiste em várias etapas, entre as quais:

  • Regularização do pH dos efluentes – passo essencial, uma vez que as próximas etapas de tratamento de efluentes necessitam de uma escala de pH ideal;
  • Coagulação/floculação – Nesta etapa a matéria presente nos efluentes é separada mediante a densidade dos flóculos permitindo a sua decantação posterior;
  • Osmose inversa – Em determinados processos industriais onde seja necessária uma depuração mais elevada recorre-se à osmose inversa de forma a obter um efluente de qualidade superior. No processo de osmose inversa, a qualidade do efluente é maior quanto mais pequena for a porosidade das membranas usadas.

Após o tratamento primário, os efluentes seguem para o tratamento secundário.

 

3) Tratamento secundário

Também chamado de tratamento biológico, esta fase tem como objetivo reduzir a carga orgânica dos efluentes, com recurso à digestão anaeróbia e/ou aeróbia por microrganismos. Nesta fase há uma redução:

  • Da maioria dos sólidos suspensos totais (SST);
  • Da carência química de oxigénio (CQO);
  • Da carência bioquímica de oxigénio (CBO5).

É aqui que se inclui os processos de lamas ativadas, leitos percoladores, leitos de macrófitas, biodiscos, lagunagem, valas de oxidação, entre outros, que permitem efetuar o tratamento biológico das águas residuais.

Para a fase de tratamento secundário, poderá ser necessária a presença de um decantador primário que permitirá decantar as lamas primárias, um tanque aeróbio onde se dá a oxigenação dos efluentes para metabolizares a matéria orgânica pelos microrganismos e um decantador secundário de forma a que as lamas secundárias sejam recirculadas e submetidas a novo processamento.

O tratamento secundário por lamas ativadas é um dos processos com maior taxa de eficiência na remoção de CBO5’s, CQO’s e SST. É também um dos processos mais comuns no tratamento de águas residuais.

As lamas ativadas consistem no uso de uma cultura microbiológica de enriquecimento com micro e macro organismos que irão metabolizar as substâncias orgânicas e inorgânicas presentes no efluente transformando-as em produtos ambientalmente aceites.

Neste processo por lamas ativadas temos geralmente um reator biológico com a biomassa em suspensão. Graças ao uso da gravidade conseguimos uma separação física entre a fase liquida e as lamas posteriormente no decantador secundário.

Finalizado o tratamento secundário, segue-se então o tratamento terciário.

 

4) Tratamento terciário

O tratamento terciário surge como um polimento final do efluente. Inclui a remoção de excesso de fósforo ou azoto caso a descarga seja feita para um meio sensível, assim como qualquer tipo de tratamento adicional que permita um reaproveitamento do efluente. Consoante a finalidade do reaproveitamento, o próprio tratamento pode ser muito específico passando, por exemplo, por filtragem, desinfeção por UV ou até mesmo uma osmose inversa.

Os destinos finais mais comuns são:

  • O reaproveitamento para o processo industrial no caso de uma ETARI;
  • Rega;
  • Lavagens;
  • Combate a incêndios.

Estas utilizações dos efluentes no final do tratamento terciário promovem uma gestão mais eficiente dos recursos.

 

5) Tratamento das lamas

Este é um tratamento específico às lamas que provêm das várias fases de tratamento da ETAR. As lamas resultantes dos tratamentos apresentam um teor de microrganismos patogénicos elevados e que devem ser tratados de forma a transformar as lamas em substâncias inertes. Antes de serem tratadas, as lamas possuem também um teor de humidade bastante elevado (aproximadamente 70%) e, por isso, necessitam de ser desidratadas e desinfetadas de forma mecânica e/ou química.

Após esta fase de tratamento, as lamas poderão ser utilizadas de forma segura como fertilizante na agricultura ou usadas no setor dos combustíveis.

Todas estas fases de tratamento são necessárias para um bom tratamento das águas residuais para que possam ser reaproveitadas.

 

Fale connosco e informe-se mais sobre o processo de tratamento das águas residuais! »

 

Como escolher o melhor tratamento para as águas residuais

O tipo e o nível de tratamento a aplicar às águas residuais, que podem ser domésticas, industriais ou urbanas, depende de vários fatores, entre eles a quantidade e qualidade dos efluentes.

Na escolha do melhor tratamento para as águas residuais é importante também definir as características do local de descarga, bem como o nível de exigência da água que varia consoante o seu destino.

As águas industriais apresentam características físico-químicas distintas dos efluentes domésticos e urbanos, pelo que é imperativo optar pelo tratamento mais adequado.

 

O objetivo é tratar as águas por forma a poderem ser devolvidas à natureza e em condições que sejam ambientalmente seguras.

O tratamento de efluentes é realizado numa Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR”s) e compreende quatro fases que serão explicadas mais à frente neste artigo:

  • Tratamento preliminar;
  • Tratamento primário:
  • Tratamento secundário;
  • Tratamento terciário.

Neste processo de tratamento de efluentes inclui-se ainda a secagem de lamas que têm o potencial de serem utilizadas como fertilizantes ou mesmo na produção de energia.

 

Os três grandes tipos de águas residuais

A proveniência das águas residuais permite separá-las em três grandes grupos: águas domésticas, águas industriais e águas residuais urbanas. Apresentam características e cargas poluentes distintas, logo necessitam de tratamentos diferenciados.

  • Águas domésticas: estes efluentes resultam da utilização da água pelas populações e outras atividades habitacionais, podendo incluir águas residuais de estabelecimentos de hotelaria e restauração.
  • Águas industriais: são provenientes das descargas de diversas indústrias. Consoante a indústria em causa, assim varia o tipo de efluente. As águas residuais provenientes da pecuária, por exemplo, necessitam de um tratamento distinto dos efluentes de uma indústria que utilize produtos químicos.
  • Águas residuais urbanas: são águas residuais domésticas ou que resultam da sua mistura com águas pluviais e/ou industriais.

Estes efluentes são recolhidos e posteriormente encaminhados para as Estações de Tratamento de Águas Residuais através de sistemas como as estações elevatórias.

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Tipos de tratamento de águas residuais – industriais e domésticas

As ETAR”s são unidades de processamento e purificação de efluentes, sejam de origem doméstica ou industriais. Estas águas são sujeitas a tratamentos específicos e de acordo com as características iniciais do efluente a tratar.

O resultado final deve estar de acordo com os parâmetros permitidos para descargas numa linha de água ou infiltração em solo.

Como mencionado anteriormente, o processo de tratamento compreende 4 fases, isto é, os efluentes são sujeitos a sucessivas fases de purificação e desinfeção:

 

1 – Tratamento Preliminar/ Pré-tratamento

Esta fase compreende um conjunto de processos físicos, entre eles, a filtração dos resíduos mais grosseiros, sedimentos e resíduos flutuantes. Esta limpeza é realizada mediante a gradagem, a desarenação e o desengorduramento.

  • Gradagem: separação dos sólidos de maiores dimensões através de gradagem manual ou automática;
  • Desarenação: remoção de areias e outros detritos sólidos minerais;
  • Desengorduramento: remoção de gorduras dos efluentes.

 

2 – Tratamento Primário

O tratamento primário também pode ser designado por tratamento físico-químico. Os processos físicos envolvem a decantação mediante a sedimentação de partículas, com vista a remover gorduras e areias. Os processos químicos destinam-se a corrigir o pH das águas residuais, bem como a coagulação e a floculação que vão tornar os sedimentos maiores e mais pesados, facilitando a sua decantação.

A correção do pH é vital nesta fase, uma vez que as etapas seguintes exigem níveis de pH dentro de determinados limites.

 

3 – Tratamento Secundário

Esta fase envolve um processo biológico que tem como objetivo reduzir as cargas orgânicas dos efluentes. Através da atividade de microrganismos, nomeadamente bactérias aeróbias (cuja atividade depende da presença de oxigénio) e/ou anaeróbias (não necessitam de oxigénio), é realizada a degradação dos compostos orgânicos resultantes da fase anterior.

Nesta fase, atinge-se a eliminação quase-total da carga poluente, nomeadamente:

  • Redução da maior parte dos sólidos suspensos totais (SST);
  • Redução da carência química de oxigénio;
  • Redução da carência bioquímica de oxigénio.

Esta etapa exige também um decantador primário para a decantação das lamas primárias, um tanque aeróbio e um decantador secundário para decantação das lamas secundárias que poderão voltar a ser recirculadas ou submetidas a processamento.

 

4 – Tratamento Terciário

Nesta etapa procede-se a um tratamento de desinfeção e controlo de nutrientes. O objetivo é a eliminação de bactérias e vírus. Após esta fase, as águas podem ser utilizadas para fins como a agricultura, rega de espaços verdes, combate a incêndios, processos industriais, entre outras aplicações.

É recomendado que a desinfeção seja realizada por meio de ultravioletas uma vez que adição de cloro origina organocloratos que têm impacto nocivo nos ecossistemas.

 

5 – Tratamento das Lamas

No final destas quatro fases obtém-se, por um lado, um efluente com baixo nível de poluição e, por outro lado, vários tipos de lamas provenientes das etapas anteriores.

Recomenda-se que estas lamas sejam desidratadas e desinfetadas uma vez que, apesar de serem ricas em nutrientes e matéria orgânica, também podem conter microrganismos patogénicos. O seu elevado teor de humidade também favorece o seu crescimento de bactérias.

Após a desinfeção e desidratação, estas lamas podem ser utilizadas na agricultura, como fertilizantes, como substrato para energia ou até mesmo no setor dos biocombustíveis.

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Existem outras soluções mais compactas e adaptadas a indústrias específicas que permitem um tratamento simplificado dos efluentes produzidos:

  • Separadores de Gorduras: indicados na remoção de gorduras alimentares por meio da decantação, estes separadores são particularmente úteis no ramo da restauração, confeção e matadouros.
  • Separadores de Hidrocarbonetos: indicados para remover gorduras minerais por fenómenos de decantação e filtração, são utilizados em indústrias que envolvem o contato da água com óleos, como sucatas, oficinas e garagem de automóveis, entre outras.

 

Objetivos do processo de tratamento de águas residuais

O tratamento de efluentes é projetado com o objetivo de melhorar a qualidade das águas residuais, através da eliminação de:

  • Sólidos em suspensão;
  • Bactérias e microrganismos patogénicos;
  • Nutrientes como o nitrato e fosfato, nocivos à saúde humana e potenciadores do crescimento de algas indesejadas criando um ambiente aquático impróprio para várias espécies de peixes;
  • Produtos orgânicos biodegradáveis.

 

O principal objetivo do tratamento de efluentes urbanos e industriais é eliminar os resíduos por forma a não oferecerem perigo à saúde pública, nem ao meio ambiente.

Este processo tem ainda a vantagem de produzir lamas que podem ser aplicadas na fertilização dos solos, valorização energética, combustíveis, entre outras utilizações.

Devolver as águas residuais ao meio ambiente sem tratamento coloca em perigo a saúde das pessoas e de todo o ecossistema, para além de ser considerada uma transgressão, uma vez que a descarga de efluentes é sujeita a legislação.

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Furos artesianos: uma alternativa viável na captação de água subterrânea

Um furo artesiano permite o abastecimento contínuo de água, sem necessidade de existir um sistema de bombagem. Com esta solução, a água pode subir de forma espontânea porque é extraída de um aquífero confinado, saindo naturalmente.

De um modo geral porém, a pressão da água não é suficiente para trazê-la à superfície sendo necessário acoplar um sistema de bombagem que permita a extração de água.

Nos últimos anos, a construção de poços e/ou minas tem dado lugar à realização de furos. Por norma, um furo artesiano é mais profundo do que um poço.

O aproveitamento das águas subterrâneas revela-se uma alternativa bastante viável à rede de abastecimento pública e uma opção mais económica, podendo a água ser utilizada para consumo humano ou outras atividades, industriais ou agrícolas.

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Principais vantagens dos furos artesianos

Os furos artesianos são efetuados pela perfuração no solo através de uma broca. Toda a água proveniente de captações tem artesianismo, ou seja, flui espontaneamente uma vez que a pressão em profundidade é mais elevada do que a pressão atmosférica. Quando o artesianismo é suficiente para a água subir até à superfície estamos perante um artesianismo positivo. Este tipo de artesianismo não é tão comum como o artesianismo negativo em que é necessária a utilização de sistemas de bombagem de água para a trazer até à superfície.

Seja qual for o tipo de furo artesiano, existem vantagens comparativamente ao abastecimento via rede pública ou a partir de outros métodos para captação de águas subterrâneas, entre elas:

  • Garantia de autonomia no abastecimento;
  • Ocupa pouco espaço à superfície;
  • A perfuração pode ser realizada próxima do local de consumo da água;
  • As explorações subterrâneas estão menos expostas a contaminantes utilizados à superfície;
  • Os aquíferos são das maiores fontes de água disponíveis no planeta, pelo que estão disponíveis no subsolo em grande quantidade;

Apesar do elevado grau de pureza, é recomenda a realização de análises à qualidade da água captada, por forma a garantir que a ingestão desta água não trará problemas de saúde.

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Construir um furo artesiano – Tudo o que precisa saber!

O tempo médio de vida de um furo artesiano será maior quanto mais profissional for o processo de prospeção, perfuração e manutenção, por forma a rentabilizar o investimento.

As características do solo e do terreno variam muito, pelo que, no momento da construção de um furo artesiano, revela-se necessária uma análise cuidada das características do aquífero e do local de perfuração.

Este estudo hidrogeológico permitirá localizar as águas subterrâneas, determinar o perímetro de perfuração, identificar formações geológicas, avaliar o terreno e adaptar as melhores técnicas e métodos de construção.

A captação de água através de um furo artesiano pode ser realizado mediante diversos métodos.

O projeto técnico de perfuração é realizado depois de reunidas as informações obtidas durante a fase de estudos hidrogeológicos. Hoje em dia, existem várias técnicas para perfuração de poços.

 

Furo Vertical ou Horizontal

A captação de água por furos verticais ou horizontais, bem como o método escolhido, depende das características do terreno.

Na presença de um terreno instável e pouco consistente são realizados furos à rotação com trado oco por forma a prevenir o risco de colapso. Em contraponto, em terrenos consistentes e formação geológicas duras e compactas, é utilizado o método de perfuração à roto percussão (ar comprimido).

 

 

O aproveitamento dos recursos hídricos subterrâneos em maior quantidade pode também implicar a construção de poços de captação.

Independentemente do sistema de captação, a manutenção do furo deve ser seriamente considerada, por forma a obter constantemente uma água potável e livre de contaminações. A limpeza e desenvolvimento dos furos é realizada com recurso a varas ou mangueiras apropriadas. Este procedimento realiza-se mediante a introdução intermitente de ar comprimido nas zonas de aquíferos e na base, de forma a remover todas as impurezas e até se alcançar a clarificação da água.

Considerada uma obra de engenharia, a construção de um furo artesiano deve ser realizada por profissionais experientes.

O enquadramento geológico e a identificação de uma água bacteriologicamente limpa e com caudal regular, tornam o investimento num furo artesiano um projeto rentável e que confere independência do sistema público de abastecimento de água.

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Como garantir uma água livre de contaminantes

A pureza da água para consumo é essencial para usufruir dos benefícios deste bem essencial com segurança e evitar doenças provocadas pela ingestão de água contaminada.

O tratamento de águas para abastecimento compreende um conjunto de procedimentos com o objetivo de tornar a água potável e de acordo com a legislação em vigor. As eventuais retificações dependem das análises prévias à agua, pelo que podem ser necessárias correções de pH, filtragem, ou outros procedimentos destinados à purificação da água.

Águas que necessitam de tratamentos de purificação

Nem todas as águas requerem tratamentos. As águas de superfície, mais expostas a poluentes vários, requerem tratamento para reequilibrar as suas características físico-químicas e bacteriológicas.

Já a água proveniente de furos e poços, isto é, captada a profundidade, tem menor probabilidade de necessitar de tratamento. No entanto, para garantir a pureza e segurança no consumo desta água, é recomendada a realização de análises e tratamentos para corrigir alterações ou presença de impurezas e outros agentes nocivos.

 

Tipos de contaminantes presentes nas águas e suas consequências para a saúde

A ingestão de água contaminada é um problema grave de saúde pública!

Quando existe um aproveitamento de água proveniente de aquíferos – furos, poços, captações fluviais – ou de outras fontes externas à rede pública, torna-se necessário aferir a qualidade da água e realizar os tratamentos adequados.

A contaminação e poluição da água resulta em qualquer alteração físico-química ou biológica que coloca em causa a qualidade deste bem essencial à sobrevivência dos seres humanos.

O consumo desta água contaminada pode provocar doenças que resultam, sobretudo, da presença de microrganismos, provocando patologias como cólera, febre tifoide, diarreia infeciosa, entre outras doenças graves.  A salmonella, por exemplo, causa diarreia e dores de cabeça nos seres humanos.

A contaminação não ocorre apenas pela ingestão de água, pode advir da ingestão de alimentos lavados com essa água, ou nalguns casos certas doenças podem surgir pelo simples contacto com a água poluída ou contaminada.

 

Principais contaminantes da água:

  • Pesticidas;
  • Herbicidas;
  • Mercúrio;
  • Bactérias e vírus;
  • Parasitas;
  • Metais pesados;
  • Sulfuretos;
  • Cianetos;
  • Matéria orgânica.

A purificação da água é realizada nas estações de tratamento de água para abastecimento e é feita dependendo das substâncias contaminantes.

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Quais os contaminantes de água mais comuns?

É nas Estações de Tratamento de Água para Abastecimento (ETA”s) que são realizados os procedimentos com vista a tornar a água própria para consumo e de acordo com a legislação em vigor.

Os tipos de contaminação podem ser vários. À vista desarmada a água pode, por exemplo, apresentar cor e cheiro, o que revela um tipo de contaminação, como a presença em excesso de ferro ou manganês, contudo só as análises laboratoriais à água que se pretende utilizar podem revelar problemas e contaminações, como:

  • Alterações de pH;
  • Presença de metais pesados, tóxicos e nocivos para a saúde (arsénio, ferro, nitratos, entre outros);
  • Presença de coloides;
  • Bactérias e outros microrganismos.

Para cada um destes contaminantes, existem métodos de tratamento de purificação de água mais adequados.

 

Tratamentos disponíveis para a purificação da água consoante o problema

Filtragem

A escolha do filtro adequado depende do problema que a água apresenta, normalmente revelado nas análises laboratoriais. Existe vários tipos de filtro, tantos quanto os tipos de poluentes químicos.

  • Clarificadores e desodorizantes: indicados para remoção de cores e cheiros. Utilizado também para filtragem de químicos orgânicos e cloro livre na fase final de uma desinfeção por cloro.
  • Descalcificadores: a utilização destes filtros é importante nas águas “duras” utilizadas na indústria, uma vez que a sua acumulação provoca o desgaste prematuro dos equipamentos, como caldeiras e tubagens.
  • Desferrizadores: são utilizados para a remoção de ferro e manganês que são os contaminantes mais comuns das águas subterrâneas, juntamente com os nitratos.
  • Desnitrificadores: a presença de nitratos é muito comum em águas subterrâneas, embora mais próximas da superfície. A sua contaminação ocorre sobretudo de efluentes das explorações agrícolas. Estes filtros removem com eficácia os nitratos presentes na água contaminada.
  • Remoção de Arsénio: este metal tóxico tem efeitos sérios na saúde do homem, provocando sobretudo alterações no sistema respiratório. Os filtros para remoção de arsénio são extremamente eficazes devido à sua grande afinidade pelas resinas de óxido de ferro.

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Correção de pH

O pH é utilizado para definir o grau de acidez ou alcalinidade de substâncias que são solúveis em água. Por norma, a água contém iguais proporções de iões hidróxido (OH-) e iões hidrónio (H3+). Quando qualquer substância presente na água altera esta relação, a água torna-se mais ácida (pH <7) ou mais alcalina (pH>7).

A água pura tem um ph = 7, isto é, um pH neutro.

Consumir água excessivamente alcalina ou ácida pode ser prejudicial.

Mas não é só a água para consumo que necessita de ter o pH dentro de valores próximos de sete. A água utilizada em indústrias e na agricultura, em muitos casos, também necessita de alcançar valores dentro de um intervalo recomendado para o pH.

Esta correção de pH é realizada com recurso a equipamentos autorreguláveis ou dimensionados de acordo com a relação “correção necessária/caudal”.

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Desinfeção de água

A desinfeção de água pode também ser conseguida através da morte de micróbios nocivos através da adição de desinfetantes na fase inicial e/ou final do processo de purificação da água, realizado nas Estações de Tratamento de Agua (ETA”s) para consumo.

  • Hipoclorito de sódio: este desinfetante é extremamente eficaz contra a maioria dos seres patogénicos, mesmo em concentrações baixas, inócuas ao ser humano. É o desinfetante mais utilizado em todo o mundo, devido à sua relação custo-benefício.
  • Dióxido de Cloro: é atualmente uma alternativa ao hipoclorito de sódio, uma vez que apresenta um potencial oxidante superior, suficiente para matar bactérias resistentes, como é o caso da legionella. O dióxido de cloro também não apresenta cheiro nem cor sendo, desta forma, uma boa opção para desinfeção de água para o consumo humano.
  • Ultravioletas: quando não se pretende a adição de químicos à água pode recorrer-se à desinfeção por ultravioletas. A incidência dos raios UV na água destrói o ADN de vários tipos de bactérias e vírus, matando-os ou impedindo que se reproduzam e contaminem a água. Este método é mais utilizado no tratamento e desinfeção de efluentes.

 

A utilização de fontes alternativas à rede pública de água é viável, no entanto, devem ser evitadas a todo o custo doenças transmissíveis pela ingestão de água poluída ou contaminada. Existem contaminantes como metais, pesticidas e herbicidas que podem estar presentes em águas superficiais, mas que também podem alcançar e contaminar águas subterrâneas.

Atualmente, existe uma ampla variedade de técnicas, produtos e métodos para a desinfeção e purificação da água.

A ingestão de água potável e limpa é essencial ao ser humano, por isso, revela-se muito importante perceber as características da água, bem como os seus contaminantes, por forma a realizar uma desinfeção eficaz, utilizando a solução mais adequada a cada caso.

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Como obter água pura e descontaminada através da osmose inversa

A osmose inversa é um dos mais eficazes processos de purificação de água. É também considerado um procedimento ecológico, com baixo consumo de água e energia elétrica.

A qualidade da água obtida através da osmose inversa resulta da sua eficácia na eliminação da maioria dos elementos iónicos e não-iónicos, coloides, micropartículas e microrganismos.

Esta tecnologia produz água ultrapura para consumo humano, sendo também muito adequada no tratamento de águas residuais e aplicação em diversas indústrias (farmacêutica, alimentar, produção elétrica, entre outras).

O tratamento de água por osmose inversa, faz parte dos processos de separação por membranas, juntamente com a ultrafiltração, microfiltração e nano filtração, e permite remover até 99% das substâncias indesejáveis e que contaminam a água.

 

Entenda o processo da osmose natural

A osmose natural é um processo que está presente em vários sistemas da natureza, incluindo no corpo humano, a nível celular, e é responsável pelo equilíbrio de sais nas células humanas.

Este processo físico-químico envolve o movimento seletivo de substâncias através de uma membrana semipermeável. Esta membrana apresenta poros que são permeáveis à água, mas que retêm e impedem a passagem de outros contaminantes.

Na presença de duas soluções com concentrações diferentes, a água flui da solução menos concentrada para a mais concentrada, até que se estabeleça um equilíbrio – este é o princípio da osmose natural.

Já a osmose inversa, como o próprio nome indica, é o processo reverso, somente tornado possível através da aplicação de uma força externa, isto é, uma pressão que seja superior à pressão osmótica.

 

A osmose inversa produz água ultrapura e de qualidade para consumo humano

A osmose inversa é considerada uma das técnicas mais eficazes, sendo utilizada há mais de meio século, no tratamento de águas. Começou a ser utilizada com o objetivo de retirar o sal da água do mar (dessalinização).

A eficácia da osmose inversa, e consequentemente da qualidade da água que se obtém, está dependente de diversos fatores:

  • Tipo de membrana;
  • Controlo do fluxo de água;
  • Qualidade da água de origem;
  • Temperatura;
  • Pressão.

Nem toda a água que passa pela membrada será água tratada, disponível para consumo ou outros fins.

Existe uma percentagem pequena que é usada para retirar os compostos nocivos e é considerada desperdício, daí a importância de instalar um sistema de osmose inversa de forma correta, garantindo máxima eficácia, isto é, a maior percentagem de água tratada com o menor desperdício.

A água sujeita a um processo de osmose inversa é considerada água pura, indicada para consumo humano. A técnica apresenta uma elevada capacidade para remover contaminantes tóxicos para o organismo, como arsénio, nitratos, químicos orgânicos, entre outras substâncias nocivas.

 

Vantagens:

  • Nas zonas em que há suspeita de água contaminada, este sistema torna a água para consumo totalmente segura;
  • Remoção de pesticidas e herbicidas da água, sobretudo em zonas com explorações agrícolas ou pecuárias nas imediações;
  • Remoção de iões e metais nocivos para o organismo, como o arsénio, mercúrio, nitratos, entre muitos outros.

Desvantagens:

  • Alguns minerais essenciais são também removidos aquando o processo de osmose inversa.

Cada sistema de osmose inversa é diferente, mediante a utilização de membranas com características distintas que vão selecionar as substâncias a remover, logo é necessário optar pelo melhor sistema de acordo com a futura utilização da água, sendo certo que a água resultante será ultrapura e de elevada qualidade.

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A osmose inversa, como funciona no tratamento de água?

Esta técnica envolve a presença de uma pressão externa que permite reverter o processo natural de movimentação de água. O sistema de purificação de água é constituído, desta forma, por uma bomba de pressão e outros componentes.

A osmose inversa constitui-se como um processo de separação que faz uso de uma pressão por forma a forçar a solução através da membrana, retendo de um lado o soluto e obrigando a passagem do solvente para o outro lado. A membrana permite a passagem do solvente, neste caso a água, mas retém os contaminantes, isto é, o concentrado que contém a maior parte dos sais dissolvidos ou outras impurezas.

A barreira que constitui as membranas permeáveis é densa e constituída por polímeros. A seleção dos contaminantes a remover é realizada mediante a dimensão e carga da membrana semipermeável.

A osmose inversa e uma técnica de separação extremamente eficaz, removendo 95-99% de contaminantes, incluindo químicos orgânicos e pesticidas.

Alguns exemplos de iões e metais nocivos removidos pelo processo de osmose inversa:

  • Arsénico;
  • Sulfato;
  • Bário;
  • Cobre;
  • Mercúrio;
  • Chumbo;
  • Níquel;
  • Nitratos;
  • Cloretos;
  • Crómio;
  • Etc.

A osmose inversa é também eficaz na remoção de:

  • Partículas microscópicas e ferrugem;
  • Bactérias;
  • Químicos, como por exemplo, o flúor e o cloro.

O processo de purificação de água por osmose inversa é uma tecnologia extremamente ecológica e eficaz, removendo impurezas através do método de retenção de partículas.

Esta técnica garante a remoção de partículas de tamanho molecular, como bactérias, iões ou metais, garantido o consumo e/ou utilização de uma água de qualidade e livre de contaminantes, seja em processos de dessalinização, para fins domésticos ou industriais.

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Reservatórios de água – quais os diferentes tipos e como escolher

Os reservatórios de água são unidades hidráulicas para armazenamento de água com diversos fins: consumo humano, agricultura, irrigação, incêndios, indústria, entre outras aplicações.

Para armazenar água de forma eficaz, deve escolher-se o reservatório mais adequado à função, isto é, quanto à capacidade volumétrica, ao formato e ao material de construção mais apropriado, uma vez que existem diferentes tipos de reservatórios disponíveis no mercado.

Um reservatório que acumule água para fins agrícolas apresenta características distintas de outro que tenha como propósito o abastecimento de água uma habitação ou de um prédio para consumo humano, sobretudo no que diz respeito ao material de construção.

Conhecer as condições do local onde será instalado e eventualmente as características do sistema de abastecimento da região, também são informações importantes no momento de decidir pela compra e instalação de uma caixa de água.

Que tipos de reservatórios existem?

Os reservatórios de água podem ser classificados quanto à capacidade volumétrica, ao material de construção, à sua localização no sistema (jusante ou montante), e ainda de acordo com a localização no terreno.

De acordo com a localização do terreno, os reservatórios de água podem ser construídos:

  • Abaixo do nível do solo – reservatórios enterrados;
  • Acima do nível do solo – reservatórios de superfície.

De acordo com a sua localização no sistema, podem ser construídos:

  • A montante, instalados antes da rede de distribuição – Pelo reservatório passa toda a água que é distribuída a jusante.
  • A jusante, após a rede de distribuição – Neste caso, os reservatórios armazenam água nos períodos em que a capacidade do próprio sistema consegue suprir as necessidades, de forma a complementar o abastecimento quando se verificar a situação oposta.

De acordo com o material de construção:

  • Reservatórios PEAD –Polietileno de alta densidade
    • Descrição: O polietileno de alta densidade confere a estes reservatórios uma elevada resistência mecânica e química, à toxicidade e resistência à temperatura ou a fenómenos corrosivos. É garantida 100% de impermeabilidade.
    • Aspetos técnicos: Fácil transporte e instalação. O acesso ao interior do reservatório é realizado através de uma tampa que está colocada no topo da estrutura. A sua montagem é simples, devendo ser instalado sobre uma superfície plana e lisa.
    • Utilização: São utilizados para armazenar diversos produtos, desde água potável para consumo até elementos químicos. Estes reservatórios são mais baratos quando comparados com os de fibra de vidro.
  • Reservatórios PRFV – Poliéster Reforçado com Fibra de Vidro
    • Descrição: Estes reservatórios podem ser horizontais ou verticais. São mais resistentes quando comparados com os de metal. Apresentam elevada resistência mecânica, química e à corrosão. São bastante duráveis e não enferrujam, podendo suportar temperaturas até aos 120 graus Celcius.
    • Aspetos técnicos: O material de construção, o poliéster reforçado com fibra de vidro, elimina as ações dos raios UV. Estes reservatórios são de fáceis de instalar e a sua manutenção não é complexa.
    • Utilização: Os reservatórios PRFV, totalmente estanques, permitem o armazenamento de água potável, material oriundo de tratamento de efluentes, produtos químicos, fertilizantes, entre outros, como: propriedades rurais, indústrias, hospitais, prédios residenciais, etc.. É indicado tanto para prédios residenciais, condomínios e hospitais, como em propriedades agrícolas e rurais.
  • Reservatórios em aço inox
    • Descrição: ideal para grandes depósitos de água e para armazenamento de água para consumo humano, sobretudo porque o aço inox oferece água fresca, uma vez que a condutividade deste material à temperatura é baixa. Esteticamente pode ser mais aprazível do que reservatórios de outros materiais.
    • Aspetos técnicos: o material utilizado na construção destes reservatórios, o aço inoxidável, não enferruja. Apresenta grande resistência, durabilidade e não transfere sabor ou odor para a água.
    • Utilização: o facto deste material apresentar uma baixa retenção bacteriológica, evitando o surgimento de focos bacterianos e micóticos, torna-o bastante utilizado e atrativo para a utilização na indústria alimentar e de bebidas. São indicados também para o abastecimento de água a edifícios e construções prediais e começam a ser implementados na indústria de tratamento de água e efluentes. Os reservatórios em aço inox apresentam uma boa relação custo-benefício.
  • Reservatórios de Alvenaria – Cimento
    • Descrição: estes reservatórios são muito utilizados em situações em que existe uma elevada necessidade de armazenamento de água. Podem ser construídos em cimento, tijolo ou cal. Devido ao seu material de construção, são normalmente mais suscetíveis a variações de temperatura.
    • Aspetos técnicos: A construção do reservatório, regra geral, é mais morosa e o seu peso será mais elevado, quando comparado com outros materiais, como por exemplo com o aço inoxidável. Apresenta também um elevado custo de manutenção. A superfície porosa do cimento pode dificultar a limpeza facilitar o desenvolvimento de micróbios e bactérias.
    • Utilização: São ideais quando se pretende armazenar grandes volumes de água exigindo, no entanto, um espaço amplo para a sua construção.

 

O armazenamento de água pluvial tem ganho terreno, sobretudo em tempos de escassez hídrica, como se vive em Portugal.

Selecionar o reservatório de água mais adequado vai depender do volume de água que é necessário diariamente, por forma a determinar a sua capacidade volumétrica, o espaço de construção existente no terreno, e uma das decisões mais importante, o material de construção.

Todas estas opções dependem da finalidade do uso da água, existindo especial atenção na água envolvida na indústria alimentar, bebidas e para consumo humano.

No entanto, um reservatório de água é uma excelente opção para armazenar e aproveitar os recursos hídricos disponíveis, garantindo que não há falta de água.

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Passo a passo – Como garantir a qualidade de um furo de água

Transformar uma pesquisa num furo de captação de água eficiente e que permita satisfazer as necessidades de consumo, traduz o sucesso de uma obra.

A profundidade de um furo de água não é garantia exclusiva de que a extração será produtiva, no entanto, constitui-se como um fator importante, também na qualidade da água. Quanto mais profunda for a captação, menor a probabilidade de a água estar exposta a contaminantes ou poluentes superficiais.

É necessário também garantir a qualidade dos trabalhos envolvidos em todas as fases do projeto, desde os estudos hidrogeológicos, a escolha adequada do método de perfuração, o correto dimensionamento do sistema de bombagem, entre outras etapas que constituem a realização de um furo de água eficiente e sustentável.

Numa fase preliminar, revela-se importante estimar o volume de água que é pretendido ser extraído do furo, bem como o objetivo da sua utilização (irrigação, consumo humano, etc.).

Estas observações prévias permitem realizar uma estimativa sobre a profundidade e o respetivo caudal de um furo de água.

Fatores decisivos na qualidade de um furo de água

A profundidade de um poço de captação varia de acordo com a situação do aquífero em relação à superfície do solo. Um furo de água que se destine à captação de água subterrânea, devidamente projetado e dimensionado, deve, antes de mais, garantir:

  • Extração do caudal pretendido;
  • Mínimo impacto no aquífero, eliminado risco de possíveis contaminações;
  • Qualidade da água consoante as necessidades de utilização;
  • O máximo período de vida útil possível;
  • Relação custo-benefício vantajosa, a curto, médio e longo-prazo.

O principal objetivo de um furo de água é a captação deste bem essencial e, de forma a construir um sistema de extração produtivo é necessário conhecer as características do solo, saber qual será a localização do furo e desta forma, determinar a profundidade do aquífero e consequentemente do furo de água. Estes estudos e medições são realizados numa fase inicial do projeto, sendo importantes para o sucesso da obra.

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Fatores determinantes para a qualidade de um furo

  • Profundidade

Em pequenas profundidades o risco de contaminação é maior. As águas subterrâneas apresentam a vantagem de serem filtradas e purificadas através processos naturais, têm uma probabilidade menor de tratamentos adicionais, possuem temperaturas constantes, são passíveis de serem extraídas perto do local onde serão utilizadas e têm maior quantidade de reservas.

O mapeamento da rede de aquíferos na zona onde se planeia construir um furo permitirá aferir a profundidade do furo de água.

  • Qualidade do trabalho realizado em cada uma das etapas
    • Estudos prévios:
      • Realização de estudos hidrogeológicos – estas análises permitem determinar os perímetros de proteção de captação e aquíferos, bem como possíveis vulnerabilidades. O objetivo é garantir a qualidade química da água.
      • Determinação da localização do furo de água – os critérios de qualidade e quantidade de água disponível num aquífero, variam consoante os terrenos. Os estudos hidrogeológicos permitem aferir os melhores locais de extração. Há que considerar ainda na localização do furo de água, a proximidade com possíveis fontes de contaminação. A sua localização deve também permitir intervenções futuras, como reparações, limpezas, substituições de equipamentos, etc.
    • Metodologia e técnicas adotadas:
      • Dimensionamento: Equipamentos de elevação de água mal dimensionados podem resultar em situações de sub/sobredimensionamento que colocam em causa a produtividade e qualidade do furo de água, causando o envelhecimento prematuro da instalação, baixos níveis de bombagem de água, ou mesmo desperdícios económicos.
      • Seleção do método e equipamentos de perfuração;
      • Realização de ensaios de caudal;
      • Seleção do sistema de tubagem, filtros, e a sua instalação;
      • Seleção e instalação de revestimentos protetores de camadas nocivas;

Quando estas etapas são realizadas por profissionais e de forma profissional, garante-se a qualidade e longevidade de um furo de água.

 

Os ensaios de Caudal e a qualidade de um furo de água

A realização de um ensaio de caudal é imprescindível a qualquer projeto de extração e aproveitamento de águas subterrâneas. O sucesso de um furo de água traduz-se na captação de um caudal de forma contínua, evitando situações de escassez de água ou baixa pressão, colocando em causa todo o investimento, de tempo e dinheiro.

Estes testes são realizados para conhecer as características da captação, bem como as propriedades hidráulicas próprias de cada aquífero.

Os ensaios de caudal permitem determinar a capacidade produtiva de uma captação, calcular o caudal de extração ótimo e otimizar a extração do aquífero em causa, determinar a eficácia dos furos de captação, sendo essenciais na obtenção de um furo de água de qualidade.

O cálculo do caudal obtido leva à determinação do tipo de bomba a ser instalada, por forma a garantir que as necessidades de água são atingidas, com uma pressão adequada.

 

Caudal versus profundidade: solução pode passar pela instalação de bombas

A profundidade desempenha um papel importante na obtenção de um caudal ótimo. Existem situações em que se revela necessário a instalação de uma bomba, corretamente dimensionada, com vista a pressionar a subida de água.

Quanto mais profundo for o furo de água, maior é a distância que a água terá que percorrer até à superfície e maiores serão as perdas de energia ao longo da tubagem, logo, a escolha do sistema de bombagem terá de ser adaptada às características de extração e distribuição de água, nomeadamente no que concerne à potência da eletrobomba.

São vários os fatores que concorrem para o êxito de um projeto desta natureza. Sem dúvida, o conhecimento do modo de armazenamento, bem como da circulação de água subterrânea num determinado local, contribui em larga escala para o sucesso de um furo de água.

Cumprindo as especificações enunciadas neste artigo, garante-se a extração de águas subterrâneas de qualidade e a longo-prazo, favorecendo o cliente na relação custo-benefício da empreitada.

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Como escolher o melhor sistema de captação de água

A necessidade de captar água no subsolo pode ter diferentes motivos: fins agrícolas, água para consumo humano, produção de energia hidroelétrica, ou simplesmente como forma de poupança e independência do sistema público de água.

A quantidade de água armazenada nos lençóis freáticos representa, em média, 20% da água doce disponível no planeta. O recurso às reservas subterrâneas é assim considerado uma excelente fonte para aproveitamento de água pelo homem.

Nestas circunstâncias, é necessário planear o processo de captação de água que compreende várias fases, por forma a garantir um sistema eficaz, que assegure água de qualidade e que seja sustentável.

Antes de mais, é importante perceber que a captação de água no meio hídrico pode ter duas fontes:

  • Captação à superfície (rios e albufeiras);
  • Captação no subsolo (lençóis freáticos), através de furos ou poços.

Este artigo debruça-se sobre as reservas aquíferas subterrâneas, ou seja, a água que se infiltrou e atingiu a zona saturada de uma formação geológica, bem como os melhores métodos para realizar a sua captação.

Requisitos para a captação de água subterrânea

A água que se pretende captar está presente no interior de formações geológicas.

Para que se consiga realizar o aproveitamento de água, é necessário existirem aquíferos, ou seja, que as formações geológicas sejam porosas, contenham fissuras e cavidades acessíveis à água, permitindo assim o seu armazenamento, circulação e, neste caso, em concreto, disponibilidade para a exploração.

Significa isto que é necessário realizar, antes de mais, um planeamento, bem como estudos hidrogeológicos por forma a determinar e a responder a questões pertinentes, como:

  • Qual o melhor local para se realizar a captação de água?
  • Qual o Sistema de captação de água mais apropriado ao terreno e às necessidades de consumo?
  • Qual a profundidade que um furo deve ter?
  • Que volume de água será necessário extrair?

Uma das questões mais pesquisadas prende-se com a profundidade ideal de um furo de água.

 

Qual a profundidade ideal de um furo de água?

Não existe uma resposta universal para esta questão. A profundidade de um furo depende de vários fatores:

  • Área e características do terreno;
  • Localização;
  • Necessidades de consumo de água.

Por exemplo, se a captação de água se destinar ao consumo humano, será necessário um furo mais profundo, para eliminar a probabilidade de contaminação por águas residuais superficiais.

Por outro lado, a exploração de água de um furo depende também do terreno e da profundidade a que se encontram os lençóis freáticos.

A profundidade ideal para cada caso é determinada mediante as etapas de reconhecimento e estudos de prospeção, logo na fase inicial do projeto.

Os dados obtidos nesta etapa, a par da escolha dos sistemas mais adequadas de perfuração e captação de água, determinam o sucesso da empreitada, ao usufruir dos aquíferos mais produtivos e de forma mais eficaz.

A fase de reconhecimento hidrogeológico do local procura garantir a eficácia e sucesso dos trabalhos de prospeção e pesquisa, as etapas seguintes.

 

Um furo de captação de água subterrânea eficaz deve respeitar os seguintes critérios gerais:

  • Extração do caudal pretendido com o mínimo de impacto no aquífero;
  • Água com a qualidade necessária mediante o objetivo de utilização;
  • Período vida média de 25 anos;
  • Garantir que o aquífero não sofre contaminação por fontes externas.

 

Passo a passo: como escolher o melhor sistema de captação de água?

Para a construção de furos de captação de água subterrânea, existem vários métodos de perfuração.

A escolha de um método em detrimento de outro depende da profundidade que se pretende alcançar, da finalidade, das formações geológicas que irão ser perfuradas, assim como fatores económicos.

Por forma a tomar uma decisão informada, é necessário realizar um reconhecimento do terreno e do local. Este estudo hidrogeológico vai permitir obter informações geológico-estruturais, bem como o mapeamento da rede hidrográfica.

Estas informações são vitais e decisivas na fase de decisão do método de perfuração e escolha do melhor sistema de captação de água.

 

Etapas que antecedem a escolha do método de captação de água mais adequado

As etapas prévias à seleção do método de captação de água mais indicado face às necessidades, envolve estudos hidrogeológicos, licenciamento de captações e sondagens.

1) Estudos Hidrogeológicos – Esta análise hidrogeológica às águas subterrâneas permite determinar os perímetros de proteção de captação e aquíferos, bem como vulnerabilidade estruturais e/ou contaminações que possam estar presentes.

2) Licenciamento de Captações – Em Portugal, para a realização de furos, é necessário requerer um licenciamento à Agência Portuguesa do Ambiente.

3) Sondagem – Após o reconhecimento do local, a fase de prospeção e pesquisa inclui a realização de furos de sondagem.

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Vários tipos de sistemas de captação de água

Furos Verticais e Horizontais

A captação de água pela realização de furos verticais e horizontais é sempre adaptada em função das características do terreno, nomeadamente à sua consistência.

Poços de Captação

Os poços de captação de água podem ser obtidos mediante um método de escavação convencional ou através do sistema Havage.

A Geonatura disponibiliza os dois métodos, existindo, no entanto, vantagens do sistema Havage quando comparado com o método de escavação tradicional.

  • Método tradicional:
    Custos mais avultados devido a um maior movimento de terras;
    Área superficial de maiores dimensões consoante a profundidade requerida.
  • Sistema Havage
    A realização de poços de captação mediante o sistema Havage é mais eficiente, uma vez que consiste na escavação no interior de manilhas de betão armado pré-fabricada ou realizadas no local, podendo ser executadas em locais de elevado nível freático.
    No decorrer da obra vão sendo realizados estudos e ensaios de caudal a fim de aumentar a eficiência do poço.

 

A sobrevida de qualquer equipamento ou estrutura exige um certo grau de manutenção e cuidado. Através do recurso à tecnologia, a Geonatura disponibiliza também sistemas de inspeção vídeo, bem como manutenção e limpeza de captações de água.

A escolha do melhor sistema de captação de água é dependente de fatores tão importantes como as características e a riqueza da rede hidrográfica. Para além destes aspetos, o sucesso de um furo é determinado pela qualidade dos estudos realizados, do equipamento envolvido, bem como do nível de conhecimento dos profissionais envolvidos na obra.

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Como escolher o sistema de bombagem de água mais eficaz

De uma maneira geral, os sistemas de bombagem permitem a transferência da água de um local até outro a uma distância e/ou altura diferente. A exploração de recursos hídricos subterrâneos envolve, por exemplo, sistemas de bombagem submersíveis que impulsionem a água até à superfície.

A aquisição de um sistema de bombagem de água deve ser ponderada, uma vez que existem vários tipos de bombas e equipamentos. É necessário também incluir nesta equação, critérios hidrodinâmicos e características da exploração (poços, furos, ETAR´s, etc.).

A escolha de um sistema em detrimento de outro depende do objetivo da utilização e distribuição de água, a origem e o tipo de água, a dimensão das estruturas envolvidas, a profundidade de captação no caso das águas para consumo, entre outras características.

Diferença entre sistemas de bombagem de águas residuais e para consumo

Um sistema de bombagem que se destine à exploração dos recursos hídricos subterrâneos apresenta características distintas dos sistemas que se relacionam com a bombagem de águas residuais.

O aproveitamento de água a grandes profundidades necessita, por exemplo, de um sistema de bombagem submersível capaz de elevar a água até à superfície.

Escolher o sistema de bombagem adequado aumentará o tempo de vida dos equipamentos, bem como permitirá ter uma instalação com baixos consumos energéticos e alta produtividade.

 

Bombas Centrífugas Submersíveis

Nesta categoria incluem-se as bombas que se destinam à transferência de águas para abastecimento humano, águas residuais, transferência de produtos oleosos, entre outras. A maioria das bombas disponíveis atualmente no mercado são bombas centrífugas.

Estas bombas funcionam mediante um impulsor que é responsável por gerar pressão, através do seu movimento rotatório.

As bombas submersíveis incluem-se nesta categoria. Como o próprio nome sugere, este sistema de bombagem depende de um líquido no qual a bomba será mergulhada, neste caso, a água. Uma das vantagens prende-se com a capacidade destas bombas de poderem trabalhar submersas no líquido que vão bombear. As bombas submersíveis compreendem também um impulsor que bombeia o líquido em questão. São muito utilizadas na extração e bombeamento de águas residuais.

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Para escolher um sistema de bombagem de água, que critérios ter em conta?

Para escolher o sistema de bombagem mais indicado ao seu caso, deve ter em conta alguns critérios:

  1. Tipo de água que se pretende bombear:

Águas para consumo humano: Caso se trate de uma água limpa e potável, cuja extração é realizada a partir de um poço ou furo onde podem ser utilizados quaisquer tipos de bombas hidráulicas. Neste lote incluem-se as eletrobombas submersíveis. Caso a água esteja num reservatório são utilizadas as bombas de superfície como, por exemplo, centrais hidropressoras.

Águas residuais: Caso se esteja perante uma água suja e com resíduos vários. Nestes casos, as eletrobombas submersíveis são as mais indicadas, ou no caso de se tratar de uma água muito agressiva as bombas de diafragma são as mais usuais.

  1. Origem dessa água:

Nas situações em que a proveniência da água seja de um poço ou furo, é indicado a instalação de eletrobombas submersíveis e o tamanho do equipamento terá em consideração as dimensões do poço.

No caso de estar perante um reservatório ou um rio, o sistema de bombagem mais indicado passa pela aquisição de bombas de superfície. Estas, podem ser de dois tipos:

  • Bombas de aspiração: Quando a instalação prevê a sua colocação num nível superior ao nível da água;
  • Bombas de carga: Nas situações em que o sistema de bombagem estará ao mesmo nível ou num plano inferior à água que se pretende bombear.

Relativamente às características da água, a especificação e o dimensionamento do sistema de bombagem contempla também informações como o pH do líquido, a quantidade, tipo e tamanho das partículas presentes na água, bem como o volume que se pretende drenar.

Através destas informações é possível aferir a sistema de bombagem mais indicado à aplicação.

 

Como dimensionar uma eletrobomba e evitar desperdícios ou fraco abastecimento

Importância do dimensionamento de uma bomba

Considera-se um dimensionamento adequado quando uma bomba consegue fornecer o caudal e pressão requeridos, sendo que o caudal depende dos requisitos do utilizador final.

Ao realizar um correto dimensionamento de uma bomba, garante-se que não existem situações de subdimensionamento ou sobredimensionamento.

  • Subdimensionamento – Uma bomba subdimensionada traduz-se numa diminuição de caudal ou pressão, o que significa que, em determinados momentos de intensa utilização, não é alcançada a capacidade requerida por hora em momentos de pico de carga, nem a altura manométrica requerida.
  • Bomba sobredimensionada – Implicará custos de funcionamento elevados desnecessários, uma vez que existe uma redução da eficiência energética.

Dimensionar uma bomba

Calcular o tamanho ideal de uma bomba de água requer alguns conhecimentos e cálculos.

Para o dimensionamento ideal de uma bomba é necessário conhecer o caudal requerido face às necessidades de utilização, isto é, conhecer a taxa de fluxo e a altura manométrica. Esta última refere-se à altura geométrica da instalação mais as perdas de carga ao longo da trajetória do fluxo.

Após conhecer estes valores, é possível verificar as características de potência e escolher o modelo de bomba mais adequado, mediante a consulta da tabela de curvas da bomba, que varia consoante diferentes modelos e marcas disponíveis no mercado.

Alguns dados necessários para o correto dimensionamento de uma bomba destinada à extração de água subterrânea incluem informações sobre as características da água, bem como do furo:

  • Localização da instalação;
  • Caudal diário expectável (m3/dia);
  • Qualidade da água;
  • Diâmetro inferior do furo;
  • Comprimento da tubagem, nomeadamente, o comprimento entre o furo e o depósito;
  • Profundidade e rendimento do furo;
  • Existência de depósitos de água.

 

De maneira a otimizar o processo de bombeamento de água, os sistemas de bombagem devem ser escolhidos de forma personalizada, atendendo a critérios hidrodinâmicos e do próprio sistema de exploração.

Como verificado, existem inúmeros critérios a ter em conta quando se escolhe um sistema de bombeamento de água. O objetivo principal é instalar um sistema eficiente, sem desperdícios energéticos, que corresponda às expetativas dos utilizadores, seja para o bombeamento de águas residuais ou extração de água para consumo.

Geonatura dimensiona, fornece e instala sistemas de bombagem de água. Contacte-nos! »