Como garantir uma água livre de contaminantes

A pureza da água para consumo é essencial para usufruir dos benefícios deste bem essencial com segurança e evitar doenças provocadas pela ingestão de água contaminada.

O tratamento de águas para abastecimento compreende um conjunto de procedimentos com o objetivo de tornar a água potável e de acordo com a legislação em vigor. As eventuais retificações dependem das análises prévias à agua, pelo que podem ser necessárias correções de pH, filtragem, ou outros procedimentos destinados à purificação da água.

Águas que necessitam de tratamentos de purificação

Nem todas as águas requerem tratamentos. As águas de superfície, mais expostas a poluentes vários, requerem tratamento para reequilibrar as suas características físico-químicas e bacteriológicas.

Já a água proveniente de furos e poços, isto é, captada a profundidade, tem menor probabilidade de necessitar de tratamento. No entanto, para garantir a pureza e segurança no consumo desta água, é recomendada a realização de análises e tratamentos para corrigir alterações ou presença de impurezas e outros agentes nocivos.

 

Tipos de contaminantes presentes nas águas e suas consequências para a saúde

A ingestão de água contaminada é um problema grave de saúde pública!

Quando existe um aproveitamento de água proveniente de aquíferos – furos, poços, captações fluviais – ou de outras fontes externas à rede pública, torna-se necessário aferir a qualidade da água e realizar os tratamentos adequados.

A contaminação e poluição da água resulta em qualquer alteração físico-química ou biológica que coloca em causa a qualidade deste bem essencial à sobrevivência dos seres humanos.

O consumo desta água contaminada pode provocar doenças que resultam, sobretudo, da presença de microrganismos, provocando patologias como cólera, febre tifoide, diarreia infeciosa, entre outras doenças graves.  A salmonella, por exemplo, causa diarreia e dores de cabeça nos seres humanos.

A contaminação não ocorre apenas pela ingestão de água, pode advir da ingestão de alimentos lavados com essa água, ou nalguns casos certas doenças podem surgir pelo simples contacto com a água poluída ou contaminada.

 

Principais contaminantes da água:

  • Pesticidas;
  • Herbicidas;
  • Mercúrio;
  • Bactérias e vírus;
  • Parasitas;
  • Metais pesados;
  • Sulfuretos;
  • Cianetos;
  • Matéria orgânica.

A purificação da água é realizada nas estações de tratamento de água para abastecimento e é feita dependendo das substâncias contaminantes.

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Quais os contaminantes de água mais comuns?

É nas Estações de Tratamento de Água para Abastecimento (ETA”s) que são realizados os procedimentos com vista a tornar a água própria para consumo e de acordo com a legislação em vigor.

Os tipos de contaminação podem ser vários. À vista desarmada a água pode, por exemplo, apresentar cor e cheiro, o que revela um tipo de contaminação, como a presença em excesso de ferro ou manganês, contudo só as análises laboratoriais à água que se pretende utilizar podem revelar problemas e contaminações, como:

  • Alterações de pH;
  • Presença de metais pesados, tóxicos e nocivos para a saúde (arsénio, ferro, nitratos, entre outros);
  • Presença de coloides;
  • Bactérias e outros microrganismos.

Para cada um destes contaminantes, existem métodos de tratamento de purificação de água mais adequados.

 

Tratamentos disponíveis para a purificação da água consoante o problema

Filtragem

A escolha do filtro adequado depende do problema que a água apresenta, normalmente revelado nas análises laboratoriais. Existe vários tipos de filtro, tantos quanto os tipos de poluentes químicos.

  • Clarificadores e desodorizantes: indicados para remoção de cores e cheiros. Utilizado também para filtragem de químicos orgânicos e cloro livre na fase final de uma desinfeção por cloro.
  • Descalcificadores: a utilização destes filtros é importante nas águas “duras” utilizadas na indústria, uma vez que a sua acumulação provoca o desgaste prematuro dos equipamentos, como caldeiras e tubagens.
  • Desferrizadores: são utilizados para a remoção de ferro e manganês que são os contaminantes mais comuns das águas subterrâneas, juntamente com os nitratos.
  • Desnitrificadores: a presença de nitratos é muito comum em águas subterrâneas, embora mais próximas da superfície. A sua contaminação ocorre sobretudo de efluentes das explorações agrícolas. Estes filtros removem com eficácia os nitratos presentes na água contaminada.
  • Remoção de Arsénio: este metal tóxico tem efeitos sérios na saúde do homem, provocando sobretudo alterações no sistema respiratório. Os filtros para remoção de arsénio são extremamente eficazes devido à sua grande afinidade pelas resinas de óxido de ferro.

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Correção de pH

O pH é utilizado para definir o grau de acidez ou alcalinidade de substâncias que são solúveis em água. Por norma, a água contém iguais proporções de iões hidróxido (OH-) e iões hidrónio (H3+). Quando qualquer substância presente na água altera esta relação, a água torna-se mais ácida (pH <7) ou mais alcalina (pH>7).

A água pura tem um ph = 7, isto é, um pH neutro.

Consumir água excessivamente alcalina ou ácida pode ser prejudicial.

Mas não é só a água para consumo que necessita de ter o pH dentro de valores próximos de sete. A água utilizada em indústrias e na agricultura, em muitos casos, também necessita de alcançar valores dentro de um intervalo recomendado para o pH.

Esta correção de pH é realizada com recurso a equipamentos autorreguláveis ou dimensionados de acordo com a relação “correção necessária/caudal”.

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Desinfeção de água

A desinfeção de água pode também ser conseguida através da morte de micróbios nocivos através da adição de desinfetantes na fase inicial e/ou final do processo de purificação da água, realizado nas Estações de Tratamento de Agua (ETA”s) para consumo.

  • Hipoclorito de sódio: este desinfetante é extremamente eficaz contra a maioria dos seres patogénicos, mesmo em concentrações baixas, inócuas ao ser humano. É o desinfetante mais utilizado em todo o mundo, devido à sua relação custo-benefício.
  • Dióxido de Cloro: é atualmente uma alternativa ao hipoclorito de sódio, uma vez que apresenta um potencial oxidante superior, suficiente para matar bactérias resistentes, como é o caso da legionella. O dióxido de cloro também não apresenta cheiro nem cor sendo, desta forma, uma boa opção para desinfeção de água para o consumo humano.
  • Ultravioletas: quando não se pretende a adição de químicos à água pode recorrer-se à desinfeção por ultravioletas. A incidência dos raios UV na água destrói o ADN de vários tipos de bactérias e vírus, matando-os ou impedindo que se reproduzam e contaminem a água. Este método é mais utilizado no tratamento e desinfeção de efluentes.

 

A utilização de fontes alternativas à rede pública de água é viável, no entanto, devem ser evitadas a todo o custo doenças transmissíveis pela ingestão de água poluída ou contaminada. Existem contaminantes como metais, pesticidas e herbicidas que podem estar presentes em águas superficiais, mas que também podem alcançar e contaminar águas subterrâneas.

Atualmente, existe uma ampla variedade de técnicas, produtos e métodos para a desinfeção e purificação da água.

A ingestão de água potável e limpa é essencial ao ser humano, por isso, revela-se muito importante perceber as características da água, bem como os seus contaminantes, por forma a realizar uma desinfeção eficaz, utilizando a solução mais adequada a cada caso.

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